Libertação em Dachau: Um marco para a missão do Santuário Tabor da Liberdade
No dia 6 de abril de 1945, o Pe. José Kentenich foi libertado do campo de concentração de Dachau. Essa data marca muito mais do que o fim de seu sofrimento físico; ela representa a vitória da liberdade interior sobre a escravidão exterior. Durante os três anos em que esteve confinado, o fundador do Movimento Apostólico de Schoenstatt viveu de forma heroica a sua entrega a Deus e à missão que lhe havia sido confiada: formar homens e mulheres livres, capazes de transformar o mundo com amor e fé.
Mesmo diante das duras condições do campo, o Pe. Kentenich não deixou que o medo, o ódio ou o desespero tomassem conta de seu coração. Pelo contrário, fez daquele lugar de dor um canteiro de esperança. Foi em Dachau que ele escreveu profundas orações reunidas no livro Rumo ao Céu e ali também lançou as bases de novas comunidades dentro do Movimento. Ele não apenas sobreviveu — ele frutificou.
Uma das orações escritas nesse tempo resume bem a liberdade interior que o sustentava:
“Na prisão posso ser livre,
no cárcere, feliz e forte,
se em mim, com realeza, reinas,
e eu te amar até a morte.”
(Rumo ao Céu, nº 237)
Essa vivência de liberdade interior é profundamente conectada com a missão do nosso Santuário Tabor da Liberdade. O nome “Tabor” já nos lembra a experiência da transfiguração — um encontro com Deus que nos transforma e nos envia de volta ao mundo com nova luz. No nosso Santuário, acreditamos que essa luz é a liberdade verdadeira: a liberdade de viver como filhos de Deus, livres do medo, do egoísmo, dos vícios e de tudo que nos escraviza por dentro.
A história da libertação do Pe. Kentenich é um espelho da missão do nosso Santuário. Ele foi libertado exteriormente em 6 de abril, mas já era um homem interiormente livre muito antes disso — livre porque se deixou moldar por Maria, confiando totalmente na Providência Divina. E é isso que queremos viver aqui: deixar que a Mãe de Deus nos eduque, nos cure, nos liberte e nos envie como instrumentos de transformação.
Ser Tabor da Liberdade é ser sinal de esperança. É ajudar outros a descobrirem que a verdadeira liberdade não depende das circunstâncias externas, mas brota do coração que confia, ama e se entrega. Que a memória da libertação do Pe. Kentenich nos inspire a viver a nossa missão com fidelidade, coragem e alegria.