Corrida da Mãe e Rainha: Correndo para os Braços da Mãe

7 de maio de 2019

 

Desafios, superação e muito amor para chegar à Casa da Mãe

 

Correndo “para os Braços da Mãe”, um grupo de mais de 60 pessoas participou da 1ª Corrida da Mãe e Rainha, desde a cidade de Vespasiano/MG até o Santuário de Schoenstatt de Confins/MG. O evento, realizado gratuitamente nesse domingo, 5 de maio de 2019, teve como intuito proporcionar às pessoas a oportunidade de unir atividades físicas e espirituais, enriquecendo “corpo” e “espírito”. Os participantes – que em grande maioria não são atletas – venceram o sol quente, seus limites próprios e um percurso difícil de 13 quilômetros.

 

A corrida iniciou com a Missa, presidida pelo Pe. Lauro Elias de Oliveira, na Igreja Matriz Nossa Senhora de Lourdes, em Vespasiano. Pe. Lauro convidou os atletas para subirem ao altar, onde os abençoou e abençoou também o evento e as medalhas. Os organizadores da corrida foram então convidados a coroar Nossa Senhora de Lourdes, consagrando esse momento.

 

A corrida começou exatamente às 9h20min. Até nesse momento os céus ajudavam: o sol algumas vezes castigava, mas, em grande parte, as nuvens brancas aliviavam o calor. Durante o percurso, moradores aplaudiam, dançavam e incentivavam todos os participantes. Por ser um evento gratuito, foram disponibilizadas 60 inscrições, com direito a medalha e camisa da corrida. Mas, quando as vagas foram preenchidas, vários atletas ainda queriam se inscrever e fizeram questão de participar do evento, mesmo sabendo que não ganhariam medalha ou camisa – isso se deu principalmente pela temática religiosa e pela corrida começar com uma missa, com a benção especial aos participantes e terminar dentro do Santuário da Mãe e Rainha.

 

Uma corrida para todos

Dois atletas tiveram as dificuldades elevadas em um grau maior. Oscar Capucho é cego e é também um grande atleta, bailarino, ator, diretor e professor. Durante o percurso ele teve como guia o triatleta Saulo Lotti. Juntos venceram todo o trajeto de 13 quilômetros sem muita dificuldade.

 

Já Viviane Ferreira enfrentou barreiras um pouco maiores. Ela é cadeirante e também participou da corrida. Alisson Blanka foi seu guia durante o evento e teve a ajuda de Diego Souza, também como guia. Mas não foram só os dois a ajudar. No percurso de 13 km, os atletas atravessavam por três vezes a linha férrea. Nesse momento uniam-se mais quatro atletas para carregarem a cadeira de rodas, até passarem ao outro lado dos trilhos. Durante as subidas, que eram muito íngremes e longas, os atletas também ajudavam a empurrar, puxar e a incentivar os demais – com essa união, venciam todas as dificuldades.

 

A certa altura da corrida, a roda esquerda da cadeira empenou e o medo de não aguentar chegar ao destino final foi grande. Mas, mesmo assim, continuaram e venceram. No final do evento, ao dobrar a cadeira, perceberam que a porca que segurava a roda direita tinha se perdido no caminho, ou seja, essa roda estava completamente solta e uma leve pressão poderia tê-la soltado. Ao remontar a cadeira, as rodas simplesmente caíram e não foi mais possível utilizá-las. Todos ficaram anestesiados, acreditando que suas preces, orações e a fé permitiram que não acontecesse algo de ruim durante o trajeto. Desde o início sabia-se que a cadeira não era ideal para a prática esportiva, no entanto, era a única que teriam para utilizar – e fizeram isso da melhor forma que foi possível.

 

Sob aplausos, lágrimas e emoção

Essa corrida foi de fé e de superação, da maneira mais simples e bonita que poderia ser. A chegada ao Santuário da Mãe e Rainha foi sob aplausos, lágrimas e emoção. “Chegamos e choramos. Conseguimos! Vencemos as adversidades e nossa fé nos guiou”.

 

Nessa corrida participaram atletas de várias localidades, como Vespasiano, São José da Lapa/MG, Pedro Leopoldo/MG, Belo Horizonte/MG, Lagoa Santa/MG e São José do Almeida/MG. O evento foi organizado pela Blanka Academia, com participação das equipes Pé de Serra e Corre Lagoa. Os membros do grupo ‘Jovens em Missão’, da igreja matriz de Vespasiano, ajudaram na organização e também deram apoio antes e durante a realização a corrida. Foi mais que um evento esportivo, foi um evento de fé.

 

Para o ano que vem pretende-se repetir essa corrida, com o mínimo de 200 inscritos tendo direito a camisa e medalha. Ela fortaleceu a fé de muitos e uniu tantos outros em um único objetivo: ajudar uns aos outros em um momento de fé. Como dito em Mateus (18, 20), “onde estiverem dois ou mais reunidos em meu nome, ali estou no meio deles”.

 

 

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Por Alisson Blanka / Karen Bueno

 

 

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