Mãe e Rainha, Refúgio dos Pecadores, Senhora da Piedade
Em 1915, quando a nascente Congregação Mariana foi presenteada com o quadro de Nossa Senhora, o título original da obra era Refúgio dos Pecadores, onde vemos a Virgem Maria com o Menino Jesus nos braços. Para Schoenstatt, que nascia naquela época, o título de Maria era Mater Ter Admirabilis (Mãe Três Vezes Admirável).
Ao mesmo tempo em que a Mãe sustenta seu Filho em seus braços Ela o oferece ao Pai, como a Virgem oferente a devolver o seu bem mais precioso Aquele que lhe deu.
Antes de o Seu Corpo pender da Cruz, Jesus olhou para sua Mãe e para o discípulo amado. João, representando toda a humanidade, acolhe Maria por Mãe, e Maria acolhe cada um de nós em seus braços, e como João levou sua nova Mãe para casa, nós também somos convidados a levar a Mãe para nossa casa por toda a nossa vida. Ela é o nosso refúgio, Refúgio dos pecadores, e não nos deixará órfãos.
Ao ver seu Filho amado morrer na Cruz, a Mãe se recorda das palavras de Simeão e sente uma espada de dor transpassar o seu coração. A Mãe da Piedade recebe o Corpo sem vida do seu Filho em seus braços, seu único Filho, o Filho de Deus.
Nós podemos fazer um paralelo:
Em Schoenstatt a Mãe carrega o Filho nos braços oferecendo-o ao Pai.
Aos pés da Cruz a Mãe carrega novamente o Filho nos braços, a Oferenda perfeita, o Sacrifício que nos traz a paz, ferido e chagado, sem beleza e nem graça alguma, sem aparência humana.
Maria foi o primeiro e o último refúgio do seu Filho amado. Hoje Ela é nosso refúgio e no seu regaço acolhedor podemos encontrar o conforto e a cura do nosso coração.
A Mãe é a mesma, o Filho é o mesmo. A oferta é a mesma, e o motivo é o mesmo: a salvação da humanidade. Por uma mulher o pecado entrou no mundo, e também por uma Mulher a Salvação entrou no mundo. Maria é nossa Co-redentora.
“Ó vós todos, que passais pelo caminho: olhai e julgai se existe dor igual à dor que me atormenta.” (Lm 1,12)
Por Kennedy Rocha
* Kennedy Rocha pertence ao Ramo da Liga de Famílias de Schoenstatt do Santuário Tabor da Liberdade