“Mulher, eis aí teu filho. Filho, eis aí tua mãe!” (Jo 19,25-34) Naquele momento terminava a primeira fase dos planos divinos para Maria e dava início o novo desafio, agora, ela precisava dizer se aceitaria ou não continuar o plano traçado por Deus Pai. Depois de trinta e três anos passando por inúmeras dificuldades, sofrimentos, tentações, dúvidas, será que Maria daria novamente o SIM, como da primeira vez? É certo que ser Mãe do Salvador gerou dores incalculáveis, mas a alegria de ter carregado o filho predileto do Pai, em seu ventre, foi suficiente para anestesiar cada uma de suas dores.

Pois bem! Maria, humilde e sábia, singela e guerreira, sensível e forte, obediente e firme, não hesitou em aceitar novamente o desconhecido. Foi então que começou a nova história da humanidade, quando o SIM deu lugar ao MÃE. Maria não esperava ter tantos filhos, mas não pararam de chegar e mesmo assim ela consegue abraçar cada um deles, acolher todos aqueles que regressam a ela, proteger os inúmeros fragilizados pela dor de cada dia. Ainda que ela nunca tenha demonstrado cansaço e muito menos arrependimento, Deus levou-a para junto dEle e promoveu-a a Rainha de todos os filhos, a Mãe e Rainha.

Mas como ficaria esse mundo sem uma Mãe para cuidar de seus filhos? Novamente Deus entra em ação e promove uma série de nomeações, deu início a caça às mulheres guerreiras que estariam dispostas, disponíveis e acreditassem no que Ele teria pensado para elas. Foi então que Deus Pai tomou as palavras de Seu Filho Amado emprestadas e as direcionou para cada gestante, no momento do parto: “Mulher, eis aí teu filho. Filho, eis aí tua mãe!” (Jo 19,25-34)

A partir desse gesto, Deus sinaliza que espera de cada Mãe o exercício temporário do educar seu filho como Maria cuidou de Jesus, educando-o na família e motivando-o para às coisas do Pai. Ao mesmo tempo, aponta para o filho a necessidade de não fazer igual, seria impossível, mas de se aproximar do exemplo dado por Cristo na família e na proteção e cuidados de Sua Mãe.

Independente dos erros e acertos, dos problemas e facilidades, tristezas e alegrias, doenças e saúde, poucos e muitos filhos, injustiçada pelos maridos e valorizadas por eles, MÃE sempre será MÃE. Deus provou isso e nos dá provas diariamente da força dessa personagem da Sua história. Aliás, sem a figura da MÃE não haveria salvação, não haveria perdão, não haveria acolhimento, não haveria amor verdadeiro. Todos são privilegiados como filhos de Deus e por isso cada um recebe uma missão e é motivado a cumpri-la todos os dias. As mães, escolhidas para essa missão, e que missão, já receberam o selo do controle de qualidade e garantia diferenciado.

Mãe, a única forma de retribuir a Deus esse presente, de tê-la como minha Mãe, é exercer o meu caminhar tentando me assemelhar a Cristo e buscar a minha santidade diária na família. Enquanto isso, ouso pedir que Ele coloque o céu debaixo dos seus pés, hoje, assim não precisaria partir e eu jamais ficaria longe da senhora.

Mãe, minha amada Mãe, à sua bênção! Te amo, para sempre…

Por José Evangelista Giarola Andrade – Jevé

Liga de Famílias

Membro do Movimento Apostólico de Schoenstatt

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