Início do Movimento Apostólico de Schoenstatt na Arquidiocese de BH

16 de maio de 2022

 

“Conhece a terra Igual ao céu..
o Reino da Liberdade ardentemente almejado”… Pe. José Kentenich

Como tudo começou…

 

1987

Início da Campanha da Mãe Peregrina e Visita da Ir. M. Fernanda Balan 

Deus nos fala pelos acontecimentos da vida. Em 31 de maio de 1987 aconteceu o envio da primeira Imagem Peregrina da Mãe e Rainha, do Santuário de Atibaia/SP para Sabará/MG. Pouco tempo depois, a Campanha da Mãe Peregrina cresce e ganha forças com o envio da primeira Imagem Peregrina na paróquia Mãe da Igreja, com Pe. Danilo. A partir daí, Schoenstatt encontrou um solo fértil na Arquidiocese de Belo Horizonte. E rapidamente foi lançando suas raízes. De casa em casa, a Imagem de Graças da Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável foi conquistando corações.

 

Ir. M. Inácia e Ir. M. Diná. “Um dia com Maria” em Sabará/MG, 31 /05/1987. (foto: Mercês Duarte Moreira)

 

A primeira semente do Santuário foi lançada em junho de 1987, num encontro na fazenda do casal Barbosa e Zelinha, na experiência da Jaguara. Ali houve um chamado. Schoenstatt foi a resposta. Com os objetivos de construir um homem novo e uma nova comunidade, reconquistar a harmonia entre o natural e o sobrenatural e promover uma vocação apostólica, Schoenstatt é a resposta mais certa. Em agosto esta ideia foi levada a D. Serafim, arcebispo de Belo Horizonte que se entusiasmou por ela. Logo após, em dezembro teve a 1ª romaria para o Santuário de Atibaia/SP.1994- Primeiro Santuário Lar de Belo Horizonte

 

Visita da Ir. Fernanda Ballan na fazenda do casal Barbosa e Zélia.

 

 

1994

Santuário Lar Terra da Alegria

Em 1994 foi consagrado o primeiro Santuário Lar de Belo Horizonte, da família Paulo, Isa, Paulinho e Adriano.

Consagração do Santuário Lar Terra da Alegria, 17/10/1994 (fotos do arquivo pessoal da família).

 

Daí em diante Minas se deixou invadir pela Mãe de Deus. E Ela fez suave violência em todos, permitindo que cada um se tornasse missionário na causa de Schoenstatt. E o amor a Mãe de Deus é tão fértil que em seguida houve instituição de diversos Santuários lares. Em 1995 o Padre João de Deus consagrou mais 27 santuários lares.

A seguir um belíssimo testemunho publicado no Jornal do Movimento Apostólico de Schoenstatt de 1997, escrito pela Maria Evangeli da paróquia Santa Luzia.

 

Jornal do Movimento Apostólico de Schoenstatt de 1997.

 

 

1997

A escolha do Ideal Tabor da Liberdade

O “sonho” do “Tabor da Liberdade” começou a ser alimentado nos início dos anos 90. A Mãe de Deus foi escolhendo seus instrumentos, formando-os na pedagogia e plasmando-os na espiritualidade do Pe. José Kentenich. O povo mineiro por tradição traz na alma um profundo sentimento religioso e a piedade mariana. Isso fez com que o Movimento de Schoenstatt se expandisse rapidamente em nossa Arquidiocese.

No dia 26 de Maio de 1997 aconteceu uma Celebração Eucarística, com a consagração do Santuário-Lar, da casa do Movimento, em Belo Horizonte. Oficializado pelo Cardeal Arcebispo, D. Serafim Fernandes de  Araújo e com a presença do Pe. Milton. Unido à consagração do Santuário Lar, o ideal do Santuário “Tabor da Liberdade”  foi escolhido. Neste dia a Mãe de Deus foi coroada como Rainha da Liberdade.

 

Pe. Geraldo Viana, Pe. Milton e D. Serafim, durante a Consagração do Santuário Lar “Tabor da Liberdade”.

 

O nosso Estado de Minas Gerais foi, historicamente, o berço do ideal de liberdade, quando o Brasil ainda era uma colônia de Portugal. Libertas quæ sera tamen (Liberdade ainda que tardia), palavras usadas como lema e que hoje figuram a bandeira do estado e também foi a inspiração para a criação do ideal. Como filhos de Schoenstatt  aprendemos que ser livre deve ser o ideal de cada homem. O ideal da verdadeira liberdade sempre foi um anseio de nosso Pai e Fundador desde os primórdios do Movimento.

 

Imagem retirada de uma palestra do ECC ministrada pelo casal Paulo Teodoro e Isa Carvalho que serviu de inspiração para a criação do símbolo do Santuário. E Pedra fundamental.

 

No campo de concentração de Dachau. o Pe. Kentenich disse:

“Com prazer carrego eternamente sombrias cadeias de escravo, para salvar a liberdade da Família…” (Rumo ao Céu – 447).

 

Para entender melhor o conceito de Liberdade dento do movimento de Schoenstatt podemos analisar esse texto do Pe. Jaime Fernandez (1995):

“O ser humano está continuamente fazendo o uso de sua capacidade de escolha ou do livre arbítrio; faz um bom ou mau uso. Como resultado desse processo obterá bons ou maus frutos: tornar-se-á viciado, encher-se-á de defeitos e manias ou então, tornar-se-á virtuoso e cheio de perfeições. A culminância do processo de liberação, no entanto, será o mundo de vinculações pessoais com que se irá enriquecendo.”

 

Veja abaixo carta de felicitações enviada pela Irmã M. Reginita:

Arquivo do Santuário Tabor da Liberdade.

 

 

Um pouco mais da nossa história…

Sim, nossa Mãe já conhecia essa terra. Terra rica em tradições religiosas, desde que bravos pioneiros aqui pisaram transpondo ricas montanhas e belos vales a cata de riquezas minerais, estes bandeirantes ao mesmo tempo que retiravam do nosso solo ouro e pedras preciosas, foram semeando outra preciosidade: a fé. Construíram ermidas e capelas homenageando a Virgem. Procissões subiam e desciam ladeiras, ladainhas eram cantadas. Assim foi sendo plantado no coração dos mineiros um profundo amor e respeito à Mãe de Deus. O tempo foi passando, a piedade se enraizando. Religiosidade e liberdade sempre foram sentimentos profundos da nossa gente. Nossa Arquidiocese nasceu já com a marca de Maria. Os que por aqui passavam já se inclinavam e pediam a proteção à Virgem da Boa Viagem. E tempos depois a pequena capela deu origem a nossa Catedral Metropolitana. Belo Horizonte e nossa Arquidiocese são novas no contexto histórico, mas a nós importa que quando a Divina Providência nos enviou a primeira Imagem Peregrina da Mãe e Rainha, ela já encontrou aqui um solo fértil e uma acolhida tão calorosa que, num curto espaço de tempo o Movimento Apostólico de Schoenstatt já estava integrado na Arquidiocese, graças ao apoio do nosso Cardeal D. Serafim e o sim sincero dos filhos que a própria Mãe escolheu. Não tardou muito para que pudéssemos cantar: “por nossa Judéia, ó Mãe com carinho, tu vens apressada, estás a caminho. E onde tu chegas a paz faz morada, as portas te abrimos em cada chegada “Neste peregrinar incansável da Mãe, ela foi conquistando outros corações: casais, mães, juventude e apóstolas e com elos tão fortes e muitas contribuições ao Capital de Graças, foi despertando o anseio de ver construído em nossa Arquidiocese o Santuário da MTA.

Sim eu conheço esta terra maravilhosa, é o prado de sol no brilho do Tabor, onde Nossa Senhora Três Vezes Admirável impera no meio de seus filhos prediletos e retribui fielmente todos os dons de amor, manifestando sua glória e infinda fecundidade: é minha terra natal, minha terra de Schoenstatt!” (Pe. José Kentenich)

É meu Tabor da Liberdade!

(Texto retirado da Crônica de Inauguração do Santuário de Schoenstatt Tabor da Liberdade.)

 

 

 

Referência:

Crônica de Inauguração do Santuário de Schoenstatt Tabor da Liberdade

Jaime Fernandes, Educação para a Liberdade Movimento Apostólico de Schoenstatt, Centro mariano, Santa Maria – RS

Jornal do Movimento Apostólico de Schoenstatt edição de 1997

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