Mãe Peregrina, a sua história é a nossa história!

30 de julho de 2020

 

Estamos nos preparando para um momento muito especial: os 70 anos da Campanha da Mãe Peregrina de Schoenstatt! Uma caminhada que teve início há quase um ano, em 10 de setembro de 2019, quando foi proclamado o Ano João Pozzobon.

 

Em todo o Brasil, mais de 4 milhões de famílias recebem a visita mensal da Mãe e Rainha em seus lares. Famílias que se alegram por receber a Mãe de Deus com Jesus em seus braços, levando as graças do Santuário. Uma visita que traz alegria e bênçãos, conforto e paz em meios aos grandes desafios da vida.

 

Diante da situação de pandemia, nossa preparação acontece virtualmente. Já apresentamos os 10 motivos para acompanhar a caminhada até o Dia Jubilar. Entre eles: “manter a Campanha viva e fecunda” nos próximos 70 anos. No intuito de renovar a missão é importante voltar às suas origens para manter vivo o espírito de João Pozzobon. Consciente de se manter fiel às suas raízes, ele testemunha:

 

“Desde que entendi, fiquei sempre unido à fonte original, imaginando esses heróis e o Fundador. Eu me sentia como um pequeno aluno, um ‘aluninho’ junto ao Fundador, Padre Kentenich, apesar de nem conhecer o lugar, nem o Santuário original…. Assim me mantive, isso foi o que me deu muita força, muita coragem e segurança, porque sempre fiquei unido à origem… Para mim isso foi muito importante, e é hoje também. Recebi tudo, aqui no Santuário, mas tive a sorte de entender a origem”.

 

Conhecer para amar

O Ano Jubilar é a melhor oportunidade para mergulhar e se aprofundar na origem dessa história. Quantas dádivas e bênçãos Deus e a Mãe de Deus escreveram no livro da Campanha da Mãe Peregrina. Abrimos o livro dos 70 anos e escolhemos 10 fatos e datas importantes que merecem ser recordados. Os textos foram retirados do Livro Herói hoje, não amanhã do Pe. Esteban Uriburu, uma ótima leitura para o Ano Jubilar!

 

1. O chamado do sr. João Pozzobon e seu encontro com Schoenstatt

O contato de João Pozzobon com Schoenstatt, realizou-se por meio dos Padres Palotinos de sua Pa­róquia e da formação que recebia encontros e retiros nos quais participava: “Quando começaram aqueles retiros e conferências não conhecia Schoenstatt, nem sabia de sua exis­tência. Os pregadores começaram a explicar-nos tudo de maneira muito clara. Algo realmente vital foi entender a missão do Fundador – Padre Kentenich.”

 

O encontro com Schoenstatt representa o nascimento de uma nova vida: “[…]Quando me encontrei com Schoenstatt, quando comecei a Campanha, começou uma nova vida, uma vida diferente”.

 

2. O envio da Imagem Peregrina – nasce uma missão

Em 10 de setembro de 1950, a Irmã Terezinha Gobbo convidou João Pozzobon a ir rezar o primeiro terço, levando a Imagem da Mãe e Rainha à casa de uma família. Este, por sua vez, aceitou o convite, e partiu com o grupo. Ao final, disse-lhe a Irmã: “Esta imagem ficará a seu cuidado. Não é preciso que reze o terço todas as noites. Apenas deverá cuidar que peregrine de casa em casa”. João Pozzobon reconheceu neste chamado uma grande missão: “Veio depois a minha parte… Eu me senti responsável, e disse: “vou rezar todas as noites o terço”.

 

3.A entrega total pela missão – sua consagração pela Campanha

Após experimentar dois anos de bênçãos e graças levando a Mãe e Rainha às famílias, em 18 de outubro de 1952, João Pozzobon se consagra à Mãe de Deus pelo bom êxito da missão: “Coloquei-me como um pequeno instrumento, como um menino. Que Ela me levasse aonde quisesse. Eu iria aonde Ela me indicasse, mesmo estando doente”.

 

4. A primeira coroação da Imagem Peregrina Original

Para celebrar os 5 anos da Campanha, João Pozzobon tem uma intenção especial: “Temos um programa maravilhoso: coroar a Imagem que percorreu as famílias, colocando 5 pedras preciosas pelos cinco anos percorridos.” E explica: “simbolizam os cinco anos de romaria: cinco anos de orações e sacrifícios. “A partir de então, em sinal de gratidão, a Imagem recebia a uma nova pedrinha na coroa cada aniversário.

 

5. A Peregrina das Famílias

Com a propagação da devoção e do apostolado, aumentou o número de famílias que desejavam receber a Mãe Peregrina. Em 1959, João Pozzobon teve a inspiração de mandar fazer imagens menores, para percorrer grupos de 30 famílias, sendo a primeira imagem abençoada e enviada em, 01 de fevereiro do mesmo ano. “No mês de maio já havia colocado várias imagens pequenas. Para cada 30 famílias organizadas eu escolhia um responsável”.

 

6. O Fundador envia sua bênção para a Campanha

João Pozzobon se considerava “um pequeno aluno junto ao Padre Kentenich” e com manteve-lhe inquebrantável fidelidade. Não esqueceu a força da primeira bênção que a Campanha recebeu do Fundador. Ao completarem-se trinta anos da campanha não deixa de mencionar este fato:  “Nesta hora também recordamos… aquela bênção do Pai Fundador, o Padre José Kentenich, no dia 4 de agosto de 1951, que ele enviou do Santuário (original): aquela bênção maravilhosa foi a força desta Campanha.”

 

O Pe. Kentenich também reconheceu a eficácia do trabalho de João Pozzobon quando diz: “Veem os senhores como todas as forças fundamentais de Schoenstatt se tornam eficazes no apostolado do Sr. Pozzobon?”

 

7. A visita de João Pozzobon a Schoenstatt e Roma

Dia 27 de junho de 1979, realizou-se um profundo anseio do Sr. João: chegou ao Santuário original de Schoenstatt, na Alemanha, em companhia de sua Mãe Peregrina. Em frente ao Santuário, João se ajoelha e beija o solo. Ao entrar, reza por uns instantes em silêncio e depois fala aos presentes, recordando que com ele estão todos os que o acompanham em seu apostolado. No dia 23 de julho daquele ano, ele parte para Roma, onde dois dias depois, em 25 de julho, realiza-se a audiência com o Papa João Paulo II. O Pe. Rubens que o acompanha, avança até à primeira fila com a Peregrina. Ao passar, o Santo Padre detém-se diante da imagem, ouvindo uma brevíssima explicação do Pe. Rubens. A seguir, abençoou-a com profunda concentração. Este foi o momento culminante da visita a Roma. Até hoje, numa das “portas” da Peregrina original, uma foto registra o momento dessa bênção.

 

8. Ordenação Diaconal de João Pozzobon

Quando se inaugurou o curso para diáconos, em Viamão, perto de Porto Alegre/RS, o sr. João foi convidado a participar. Recusou, porém, para não interromper a Campanha. Mais tarde, ao iniciar-se o Curso para Diáconos no Seminário Diocesano de Santa Maria/RS, aceitou, com a condição de ter livres as noites, para visitar as famílias com a Peregrina. No dia 6 de fevereiro de 1972, o Sr. João recebeu a missão canônica de ministro da Eucaristia, na esplanada do Santuário. Em 30 de dezembro desse mesmo ano, foi ordenado diácono. Em seu testamento espiritual, ele recorda agradecido este dia: “Quero salientar a riqueza da graça da ordenação de diácono, que enriqueceu a pastoral da missão, que já exercia na peregrinação.”

 

9. A última peregrinação – Falecimento

Em 27 de junho de 1985, João Pozzobon completou sua peregrinação na terra, e faleceu a caminho da Santa Missa no Santuário. Cumpriu-se o que ele disse certa vez: “Se um dia me encontrarem morto a beira do caminho, saibam que morri de felicidade.” Sua missão, porém, continua viva nos corações que levam adiante este apostolado.

 

10. Abertura do processo de canonização

Seu processo de canonização foi aberto no dia 12 de dezembro de 1994 na Arquidiocese de Santa Maria/RS. Em maio de 2009, a fase diocesana foi concluída e o caso foi enviado à Congregação para a Causa dos Santos, em Roma.

 

A missão precisa continuar! A Mãe de Deus conta com seus coordenadores e missionários para escrever o futuro dessa história de amor e entrega total na evangelização das famílias. Você também faz parte dessa história!

 

 

Por Ir. Marcia Maria Gusmão/ Ir. Juliana Maria Nogueira

 

Fonte: www.maeperegrina.org.br

 

________________________________________

Referência Bibliográfica: Herói hoje, não amanhã – Pe. Esteban Uriburu

Compartilhe

© 2024 Schoenstatt. Todos Direitos Reservados

Weblite