Imaculada: a plenitude para qual somos chamados!

8 de dezembro de 2020

                                   (Foto: Daniela Santiago, via cathopic.com)

 

Nesse dia 08 de dezembro celebramos a festa (e o dogma) da Imaculada Conceição.

 

Sua festa foi definida ainda em 1476, pelo Papa Sisto IV (São Tomás de Aquino já falava, abertamente, em 1252, que Maria foi imunizada, pela Graça, do pecado original), mas o dogma da Imaculada Conceição foi proclamado em 8 de dezembro de 1854, pelo Papa Pio IX.

 

Podemos recorrer a ela

 

É crença católica, portanto, que nossa Mãe foi concebida sem o pecado original, por Graça gratuita de Deus, e que a Ela podemos recorrer – grande consolo e refúgio dos pecadores – para conquistar as virtudes, buscar a santidade e nos afastar do pecado.
Muitas vezes nos referimos à Imaculada Conceição com ênfase em Sua pureza e castidade. E o fazemos bem: sem dúvida Sua preservação do pecado original se funde com sua pureza, digna de veneração, e muito ensina quanto à vivência de nossa castidade, conforme nosso estado de vida e vocação.

 

Imagem ideal do ser humano

 

Mas, quando falamos da Imaculada também nos referimos – como nos diz o Fundador, Pe. José Kentenich – à imagem ideal do ser humano. Ou seja, Nela encontramos nossos referenciais de ação e de nossa essência como filhos de Deus. Em Maria, encontramos a resposta para a toda a crise existencial que experimentamos hoje.

 

Em tempos vazios, em que o homem não encontra mais a Deus em si mesmo e o procura, sem êxito, fora: nos prazeres, no consumo, nas mentiras narradas como verdades relativas, é que “na Imaculada contemplamos a plenitude dessa ajuda adequada. Na Santíssima Virgem se apresenta, para nosso tempo, a imagem do ser humano pleno, do cristão pleno, plenamente redimido. Na imagem da Santíssima Virgem, a Imaculada, a Medianeira, resplandece para nós o sol da dignidade e nobreza supremas que o ser humano pode alcançar”.

 

Plenitude de vida e santidade

 

Refletir sobre a Imaculada Conceição também é meditar sobre os altos ideais de plenitude da vida e da vocação universal à santidade, a que todos nós fomos chamados. A Imaculada é nosso exemplo de equilíbrio e, sobretudo, de organicidade (equilíbrio). Nosso fundador sempre ressaltou que o impulso fundamental – de todos os homens e em todas as circunstâncias – é o de nossa natureza e nossa alma elevar-se. Temos saudades da “Casa Paterna”, sentimos o forte desejo de nos unir a Deus, de nos afastar do pecado, de buscar os altos ideais. E, ele, continua: “por isso quem medita sobre Ela (sobre a Imaculada) sentirá que dentro de si se acende o anelo de totalidade, de plenitude, de natureza intacta, de superação de todas as coisas enfermas de nossa pobre e fraca natureza”.

 

Caminho de volta dos filhos ao Pai

 

Buscar a contemplação da Imaculada Conceição em nossa vida concreta é, portanto, nos aproximar de Deus como filhos amados e prediletos. É encontrar, na vivência de nossa vocação os impulsos que precisamos para voltar à Casa do Pai, para nos santificar no dia-a-dia, para aplicar os meios ascéticos de Schoenstatt, buscando amadurecimento e profundidade espiritual.

 

Que nossa Mãe Imaculada, com a qual selamos uma Aliança de Amor, nos eduque e nos ensine as trilhas pelas quais devemos caminhar para encontrar plenitude da vida e de nossa vocação.

 

Por Ana Paula Paiva


Citações retiradas de: Kentenich Reader, tomo 3 (Seguir al profeta), pgs. 15-17.

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